UFRJ anuncia descoberta de corante inteligente

UFRJ anuncia descoberta de corante inteligente

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) anunciam a descoberta de um novo corante, criado a partir de microorganismos coloridos. O produto é natural e não agride ao meio ambiente. A tecnologia pode ser uma alternativa para pigmentos sintéticos tradicionalmente usados pela indústria, como minérios e metais pesados, que, além de não serem biodegradáveis, podem ser agentes cancerígenos.

O bioproduto descoberto na UFRJ pode ser obtido em poucos dias por meio da biotecnologia. O micro-organismo é cultivado em biorreatores e pode apresentar diferentes tonalidades, o que garante versatilidade e seu emprego em diferentes setores, incluindo o de cosméticos. Ele poderá ser usado em batons, sombras, delineadores e tintas de cabelo, esmaltes, por exemplo.

“Neste momento, poder público, sociedade e grandes corporações têm discutido alternativas sustentáveis e este processo, além de manter a qualidade, é exatamente um meio natural para isso”, destaca Alane Vermelho, Professora e pesquisadora do Instituto de Microbiologia da UFRJ.

A Agência de Inovação da UFRJ apresenta esta tecnologia a empresa interessadas em licenciar à indústria. Para Kelyane Silva, coordenadora da Agência, “a transferência de tecnologia é um mecanismo em que a universidade disponibiliza soluções que garantem à sociedade o acesso a novos produtos. Em 2021 a transferência de tecnologias desenvolvidas na UFRJ para a indústria teve um resultado histórico, com mais de R$ 3 milhões em ganhos que retornam à universidade para reinvestir em inovações e novas descobertas. No mesmo período, foram 51 ativos protegidos e 65 concedidos (o maior número dos últimos seis anos).

“Fizemos um resultado histórico em termos de projetos e royalties que entraram para a UFRJ em 2021. E, projetos como este, do corante de microorganismos, são exatamente os que nos fazem alcançar tais crescimentos, pois além da tecnologia ser inovadora e disruptiva ela vai ao encontro das necessidades da nossa sociedade atual, que prima por ideias que ajudam a preservar o meio ambiente”, complementa a coordenadora da Agência UFRJ de Inovação, Kelyane Silva.