Parceria entre docentes do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da UFRJ com UFMG e UFOP resulta em nova tecnologia

Parceria entre docentes do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da UFRJ com UFMG e UFOP resulta em nova tecnologia

Uma parceria interinstitucional envolvendo a UFRJ, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) culminou com o desenvolvimento de uma nova tecnologia. Trata-se de um novo processo de obtenção de um nanocompósito híbrido que pode ser empregado no acoplamento de fármacos para utilização em práticas médicas, em especial a oncologia. Participaram da pesquisa dois professores do PPGCF-UFRJ (Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da UFRJ): Flávia Almada do Carmo; e Lúcio Mendes Cabral. Os resultados já foram protegidos pela Agência UFRJ de Inovação junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) através de um pedido de patente. Veja abaixo os detalhes:

TECNOLOGIA: Nanocompósitos híbridos, processo de obtenção,composições farmacêuticas e usos

RESUMO: A presente invenção é resultado de um trabalho interinstitucional multidisciplinar de cientistas que desenvolveram um processo de obtenção do nanocompósito híbrido, preparado com um poliéster biocompatível, biorreabsorvível e biodegradável, o PLDLA-co-TMC, na forma de partículas nanométricas de um óxido de ferro magnético, a magnetita ou a maghemita, adequadamente versátil ao acoplamento de fármacos, como a finasterida, para uso em práticas médicas, em oncologia.

DESAFIOS E OBJETIVOS: O câncer é uma doença com diversas alternativas terapêuticas, a maioria associada a riscos e a efeitos secundários indesejados. A presente proposta é que a terapia oncológica seja feita via nanotecnologia farmacêutica, especificamente, por hipertermia magnética, por (a)internalização celular do nanossistema magnético; (b) liberação gradual e sustentada do fármaco, controlada pela resposta magnetocalórica a um campo magnético aplicado, que aja no local do nanomaterial superparamagnético, na região do tecido afetado pelo tumor. A primeira fase do desenvolvimento consistiu na preparação do nanocompósito magnético contendo o fármaco. A próxima etapa serão os testes ex vivo e in vivo, com animais.

SOLUÇÃO: Os nanocompósitos híbridos podem ser obtidos por um processo diretamente transferível, por escalonamento, a uma linha industrial. O nanomaterial magnético permite a dissipação de calor na região tumoral, por resposta a um campo magnético aplicado, além da liberação sustentada do fármaco-modelo, a finasterida. Mas outros fármacos podem ser utilizados. Os materiais para a preparação do compósito são amplamente disponíveis no mercado ou na natureza; são quimicamente simples e de baixo custo.

TITULARES: Universidade Federal do Rio De Janeiro (UFRJ); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

INVENTORES: Ângela Leão Andrade; Carlos Nelson Elias; Flávia Almada do Carmo (UFRJ); José Domingos Fabris; Lúcio Mendes Cabral (UFRJ); Rosana Zacarias Domingues; Vagner De Oliveira Machado

NÚMERO DO PEDIDO: BR1020190102853