A Agência UFRJ de Inovação está com mais uma tecnologia disponível para licenciamento. Trata-se da "Produção de enzimas por fermentação em estado sólido de resíduo agroindustrial". A oportunidade é voltada para empresas interessadas em fazer uso da mesma no setor produtivo. Os interessados em maiores informações devem entrar em contato com a Agência UFRJ de Inovação.
A tecnologia consiste num novo processo de produção de peptidases por fermentação em estado sólido utilizando resíduos agroindustriais como substrato. O processo inclui a produção de peptidases e uma etapa otimizada de extração dessas enzimas com o uso de surfactantes. As enzimas produzidas podem ser aplicadas nas mais diversas áreas de interesse, em especial na formulação de detergentes.
Desafios e objetivos
No Brasil, 86% das enzimas utilizadas são importadas. Nossa produção industrial de enzimas é limitada, principalmente, devido aos custos dos substratos utilizados. Avalia-se que cerca de 40% do custo na produção de enzimas é referente ao substrato. Considerando a importância crescente da tecnologia enzimática, o país pode se tornar ainda mais dependente da importação de enzimas nos próximos anos, gerando prejuízos à sua balança comercial. O Brasil possui uma grande produção agroindustrial que gera toneladas de resíduos e coprodutos agroindustriais ricos em nutrientes. A fermentação em estado sólido permite o uso de resíduos agroindustriais como substrato para produção de enzimas, sendo uma alternativa para diminuir a dependência internacional e os custos de produção.
Solução
Através desse processo é possível reduzir o custo da produção das enzimas, já que o substrato utilizado é um resíduo ou coproduto agroindustrial de baixo custo. Além disso, há uma diminuição dos problemas de disposição desses resíduos na natureza, empregando-os em novos processos industriais. Por fim, novos processos de produção de enzimas podem levar à descoberta de enzimas com diferentes características e novos potenciais de aplicação.