16 de dezembro de 2024 Estudo da UFRJ revela segredo de regeneração em minhocas marinhas e aponta para avanços na biologia e medicina
Uma pesquisa desenvolvida por cientistas da Áustria, França e Estados Unidos em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi publicada na recente edição da revista Nature Communications, uma das mais prestigiadas do mundo. O trabalho, com a participação da coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura e professora do Instituto de Biologia, Christine Ruta, desvendou o mecanismo de regeneração celular da Platynereis dumerilii, um anelídeo marinho bastante comum.
“A regeneração de tecidos danificados é um fenômeno intrigante, presente em diversos organismos, mas ainda cercado de mistérios. Por que algumas espécies possuem essa habilidade extraordinária enquanto outras não? Nosso artigo trouxe novos esclarecimentos ao investigar os mecanismos de regeneração em minhocas marinhas, pertencentes ao grupo dos anelídeos poliquetas. As descobertas auxiliam no entendimento sobre como as células podem ser reprogramadas para reconstruir partes do corpo”, explica a Ruta.
Uma das principais revelações da pesquisa foi que, mesmo quando a chamada “zona de crescimento”, estrutura responsável pela formação de novos tecidos, é comprometida, essas minhocas conseguem se regenerar de maneira surpreendente. O segredo está no processo de “desdiferenciação celular”, no qual células maduras retornam a um estado similar ao de células-tronco. Esse mecanismo permite que uma nova zona de crescimento se forme em poucas horas, um feito que diferencia essas minhocas de outros organismos, que dependem exclusivamente de células-tronco preexistentes.
Confira a reportagem completa no Conexão UFRJ.
Leia aqui o artigo completo publicado na Nature Communications.