Dia Mundial dos Oceanos: conheça tecnologias da UFRJ a favor da preservação do oceano e da vida marinha

Dia Mundial dos Oceanos: conheça tecnologias da UFRJ a favor da preservação do oceano e da vida marinha

O Dia Mundial dos Oceanos, celebrado em 8 de junho, destaca a importância dos oceanos para a vida na Terra, promovendo a conscientização sobre sua preservação e sustentabilidade. É um dia para destacar ações globais para proteger os ecossistemas marinhos e combater a poluição.

Como as novas tecnologias feitas e desenvolvidas no Brasil podem trabalhar a favor da preservação do oceano e da vida marinha? A resposta está no núcleo de inovação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que tem seis projetos em desenvolvimento, prontos para serem testados, e que podem revolucionar as operações nos mares.

Há uma usina de geração de energia elétrica por ondas do mar; uma turbina que gera energia a partir da água que funciona em locais com correntes marítimas ou com baixa velocidade de correnteza; um composto natural sintetizado por uma bactéria não patogênica e geneticamente modificada capaz de biorremediar áreas afetadas por contaminação de óleo; uma manta composta por microrganismos que degradam o óleo de forma sustentável e biodegradável e ainda estimulam o crescimento de plantas nativas da região afetada. Além desses, existe também o uso de leveduras para remoção de compostos tóxicos derivados de agrotóxicos presentes em efluentes. E ainda um biossensor para detecção e remoção de metais pesados em áreas contaminadas.

Usina para geração de energia elétrica pelas ondas do mar:
A inovação da proposta descreve uma usina operada pelo movimento de flutuadores horizontais acoplados a uma estrutura de viga treliçada (braço), que aciona uma bomba hidráulica de movimentos alternados, a qual injeta água em câmara hiperbárica. A câmara então fornece um jato de água com pressão e vazão pré-determinados, através de uma válvula controladora de vazão, para acionar uma turbina convencional, que acoplada a um gerador, fornece a energia elétrica.

Turbina para geração de energia a partir da água:
Pensando na dificuldade do uso de turbinas em correntes marítimas e locais com baixa velocidade de correnteza, pesquisadores desenvolveram uma turbina capaz de operar em baixos velocidades de correnteza de forma eficiente através da autorrotação. Esta é uma solução sustentável e uma alternativa de geração de energia renovável de fácil implantação e alta eficiência.

Produto e processos de biorremediação de ambientes contaminados por óleos:
Essa tecnologia trata-se de uma manta composta por um conjunto de microrganismos capazes de degradar o óleo de forma sustentável e biodegradável, além de estimular o crescimento de plantas nativas da região afetada. É biodegradável, sustentável, de baixo custo e de liberação lenta garantindo maior vida útil do produto.

Composto natural para biorremediação de áreas afetadas por petróleo:
Produção de um composto natural, sintetizado pela bactéria não patogênica, geneticamente modificada Burkholderia kururiensis (LMM2I), capaz de biorremdiar áreas afetadas pela contaminação de óleo. Além de sustentável e de fácil aplicação, esta solução é biodegradável, de baixa toxicidade e pode atuar em ambientes hostis de pH, temperatura e salinidade, além de menor custo quando comparado aos processos convencionais.

Uso de leveduras para descontaminação de efluentes:
O método de remoção de compostos tóxicos derivados de agrotóxicos presentes em efluentes através do uso de microrganismos (leveduras) geneticamente modificadas é uma solução de combate a contaminação dos agrotóxicos na saúde humano e no meio ambiente. Um dos diferenciais da tecnologia é a promoção da mineralização do poluente gerando subprodutos inofensivos para saúde humana e diminuindo o impacto ambiental.

Saccharomyces Cerevisiae geneticamente modificada e seu uso:
Saccharomyces cerevisiae é um organismo eucariota unicelular que pertence ao reino dos Fungos. O uso dessa levedura como biossensor para detecção de metais pesados, preferencialmente cádmio, promete agir no combate a contaminação por metais pesados. A invenção é de fácil manutenção, pode utilizar resíduos industriais para seu crescimento, baixo custo e fácil manuseio. Além disso, facilita a análise no local, sem a necessidade de deslocar uma amostra.

Confira outras tecnologias desenvolvidas na UFRJ acessando a vitrine tecnológica da InovaUFRJ.