Da UFRJ para o SUS: Laboratório cria capacete para salvar recém-nascidos da asfixia perinatal

Da UFRJ para o SUS: Laboratório cria capacete para salvar recém-nascidos da asfixia perinatal

O Laboratório de Neuroproteção e Estratégias Regenerativas da UFRJ criou um capacete que pode salvar a vida de recém-nascidos ao impedir que haja asfixia durante e após o parto.

Depois de oito anos de estudos, o dispositivo, patenteado pela Inova UFRJ, está em fase final de preparação para distribuição no Sistema Único de Saúde (SUS). Sua tecnologia inova em relação aos modelos existentes hoje no mercado, que podem gerar lesões que levam a cegueira, surdez e até paralisia cerebral.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a asfixia perinatal é a terceira maior causa de mortalidade de recém-nascidos no mundo, com um milhão de óbitos por ano – 23% do total. No Brasil, estima-se que o número chegue a 20 mil.

A grande evolução do capacete é resfriar o cérebro, medida fundamental para interromper as lesões na região. Isso reduz a atividade das células do cérebro, que, ao trabalharem menos, consomem menos nutrientes e, assim, não morrem. Ao diminuir a temperatura são mitigados os riscos de lesões cerebrais e de morte encefálica.

A invenção, que se chama DHFC (Dispositivo de Hipotermia Focal Cerebral), foi criada com o suporte do Ministério de Saúde e definida como produto estratégico do SUS em 2016.

O protótipo funcional já foi testado e está sendo aperfeiçoado para passar pelas provas de segurança do Inmetro, ser registrado pela Anvisa e depois implementado nas maternidades públicas.

Pedro Henrique Freitas, um dos médicos inventores do capacete, conversou com o Valor Econômico sobre a sua criação e funcionamento. “Com o capacete, o tratamento pode ser localizado apenas na cabeça, tornando a hipotermia, única alternativa terapêutica para esses bebês, mais segura”, explica.

Confira a reportagem completa no link.